BUSCA EM MATO GROSSO

04/08/2012 02:39

No dia 15 de julho, caminhões e operários realizavam o trabalho de descarte de entulhos da obra da Usina Hidroelétrica de Colider, quando as três horas da manhã fendas foram abertas no solo, sugando máquinas, caminhões e um jovem de 19 anos. Toda a área foi “engolida” e o material debaixo do aterro foi arremessado para o rio que passa no local, formando um aglomerado de 20 metros de profundidade de barros. A área atingida soma dois hectares e havia uma grande chance que operário estivesse no sedimento na área do rio. Dos operários que sofreram o acidente, apenas o jovem não foi encontrado. Pela manhã de segunda-feira (16/07), o Corpo de Bombeiro da região iniciou as buscas, realizando escavações e retirada do entulho do local. Após cinco dias, eles entraram em contato com a Associação Voluntária de Busca e Resgate com Cães (AVBREC) solicitando os cães. Durante 30 horas interruptas, os bombeiros voluntários e membros da AVBREC, Cesar Augusto Vieira Blanski e Andrey Rondam Cardoso, realizaram buscas com o emprego dos cães Luna e Jack, na tentativa de encontrar o jovem de 19 anos soterrado no desmoronamento da obra da Usina localizada no Estado do Mato Grosso. Os Bombeiros Voluntários e Cinotécnicos Cesar e Andrey se delocaram por via aérea e chegaram no local do acidente por volta de 1h30 de sábado, quando iniciaram os trabalhos junto com a Coordenação de Área, formados por Bombeiros Militares matogrossense e responsáveis da empresa. Foram realizados varredura por toda a área, onde os cães fizeram algumas marcações para que fosse escavado. Para isso, foi utilizado métodos de buscas com cães terrestre e aquático. “A atividade tem alguns fatores que estão influenciando. Entre eles, o material escavado já não é o original, pois os entulhos do acidente foi retirado e preenchido por outro para dar acesso a maquinaria, isso fez com que o barro compactasse e criasse uma camada de 20 metros de profundidade, dificultando a liberação de partículas que possam ser sentidas pelos cães. Além do clima, que é diferente do sul, onde é úmido e frio”, relata Cesar, explicando que o calor (média de 39°C, com umidade muito baixa) interferiu no desempenho dos cães. Apesar das dificuldades, o desempenho dos cães foi considerado satisfatório pelas equipes. Após a operação canina, iniciou a retirada de todo o material, na tentativa de encontrar o corpo do jovem, e os resgatistas retornaram para Santa Catarina.